Já existem mecanismos previstos na Convenção do Clima, celebrado no âmbito das Nações Unidas, para ajudar na preservação da Amazônia, mas não se concretizaram em razão do calote de vários países ricos, inclusive a França. O calote é estimado em US$2,5 bilhões (equivalentes a R$10,3 bilhões) pelo governo brasileiro, na forma de créditos de carbono, estabelecidos no acordo de Kyoto, e o fundo verde do clima. Por essa razão, o Brasil decidiu não considerar a “iniciativa” risível da França de “doar” a ninharia de €20 milhões. Segundo o chanceler Ernesto Araújo, no âmbito da Convenção do Clima da ONU há “vários mecanismos para financiar o combate ao desmatamento e o reflorestamento”, mas a França não paga sua parte.
A França faz marketing divulgando que é signatária da Convenção do Clima, mas não paga sua parte no financiamento desses mecanismos.
A “doação” anunciada por Emmanuel Macron contém uma provocação contra o Brasil: o dinheiro será para ONGs, e escolhidas pela França.
O dinheiro prometido por Macron é tão irrisórios que nem sequer seria suficiente para adquirir um avião-tanque de combate a incêndios.
“A iniciativa da França nasceu morta”, sentenciou destacado diplomata que está na linha de frente das ações do Brasil na polêmica.