O Ministro Sergio Moro intensificou a política de isolamento dos chefes de grandes organizações em presídios federais e, de janeiro até a semana passada, transferiu 321 líderes e integrantes de facções como PCC, Comando Vermelho e Família do Norte de celas de presídios estaduais para o Sistema Penitenciário Federal.
A estratégia do ex-juiz da Lava Jato fez com que o número de detentos em suas cinco unidades federais dobrasse, mas há ainda 400 vagas disponíveis. Na gestão de Moro na Justiça, a Polícia Federal passou a priorizar o combate ao crime organizado, assinala o Jornal Estadão.
Além do aumento do número de presos, as cinco penitenciárias federais sofreram mudanças estruturais. Uma delas foi a construção de parlatórios de vidro, que acabaram com os contatos físicos entre presos e visitantes e evitam que seja transferido para dentro da cadeia armas, celulares e outros objetos.
Em outras frentes contra as organizações criminosas, a equipe de Moro espera a aprovação, pelo Congresso, de uma proposta incluída no pacote anticrime idealizado pelo ministro para impedir a progressão de regime a presos integrantes das facções.
A equipe de Moro avalia que o combate às facções ajudou a reduzir os índices de violência neste ano e fez com que o Ministério da Justiça alcançasse números expressivos na queda da criminalidade. Os dados de homicídios dolosos e de latrocínios entre janeiro e julho de 2019 caíram, ambos, 22% este ano.