A cidade de Camaçari vai virar a Colômbia por 24 horas durante um evento de Airsoft. Missões com o tema "Exército Colombiano contra As Farc" serão realizadas pelos operadores do esporte, que vão simular cenários e operações militares com armas, coturnos, trajes militares, helicóptero e estratégia. A competição ocorrerá a partir de meio-dia de 6 de julho, indo até o mesmo horário no dia 7.
Idealizador e organizador do evento, o piloto Alan Silva, 44, afirma que a intenção é tornar a experiência “mais real possível”. “Existem eventos de pequena e grande proporção. Esse é um evento de grande proporção, e um dos primeiros da Bahia. Normalmente um evento de Airsoft dura no máximo quatro horas, esse terá duração de 24h. Temos o apoio do Exército, da Polícia Militar e o uso de helicóptero. Nós tentamos tornar o mais real possível a experiência. São usadas as regras do esporte, com armas legalizadas e equipamentos de proteção adequados. Temos toda estrutura montada para esse evento”.
Alan conta que criou o evento por não haver nenhum deste tipo em Salvador e região metropolitana, precisando sempre se deslocar até para fora do país para praticar o esporte. Chegando à sua 2ª edição, são esperados cerca de 250 operadores. Em 2017, 270 pessoas participaram da estreia do evento.
Uma das características da modalidade é a simulação de cenários de guerra e operações policiais. Criado no Japão em 1970, a diversão traz ação, aventura, trajes militares, coturnos e réplicas de pistolas, submetralhadoras e rifles. “Nesse evento temos gente de Natal, João Pessoa, Recife, do interior da Bahia... Ele agrega e chama as pessoas para isso. Como é um evento de longa duração, é o mais próximo que se tem de uma realidade”, revelou.
Dono de duas lojas de produtos utilizados no esporte, ele salienta que o participante deverá ter todos os equipamentos necessários, inclusive a arma, que deverá ter sido comprada em locais apropriados. Ele ainda destaca que será feita uma vistoria pelos organizadores de tudo que for levado pelos participantes, antes do início do evento.
“A pessoa tem que ter seus equipamentos de segurança, sua arma devidamente legalizada, pois uma arma dessa tem que ser comprada num local homologado para venda, então tem que ter nota fiscal. Existe uma vistoria, antes de entrar no campo, nós conferimos os itens de segurança obrigatórios, a potência da arma, pois ela tem que ter uma potência máxima, para não machucar ninguém, e a nota fiscal”, contou.
Segundo o idealizador, o local escolhido para a competição tem mata fechada e será preparado para dar a sensação de que os atletas estão realmente em uma operação na Colômbia: “Faremos laboratório "fake" de drogas, para que o exército tente combater em uma série de missões”, disse Alan.