Já há algum tempo temos ouvido falar de uma grande investida do Facebook no mercado das criptomoedas com a Libra. Agora, a própria companhia apresenta oficialmente a novidade, que traz planos ousados envolvendo transações digitais e reais — unindo aí tecnologia blockchain, pagamentos e contas digitais e sistemas de recompensas.
Inicialmente, o objetivo é oferecer uma alternativa para os desbancarizados, com uma carteira digital própria — a Calibra, falaremos sobre isso logo abaixo — e uma moeda apoiada por uma reserva de ativos, tão estável quanto o dólar. Essa é a grande diferença para a Bitcoin, que age mais como um ativo especulativo. A ideia é em breve ser realmente uma central de negócios descentralizada, capaz de suportar uma ampla gama de produtos financeiros, de sistema bancário aos empréstimos e crédito.
Para regular o mercado e evitar problemas com as instituições tradicionais, o Facebook conseguiu verba e apoio de 29 parceiros, que estão juntos na Associação Libra. Entre os integrantes estão firmas de capital de risco, organizações sem fins lucrativos, empresas de criptografia e grandes grupos financeiros, telecomunicações e provedores de serviços de tecnologia, incluindo Coinbase, Mastercard, Visa, eBay, PayPal, Stripe, Spotify, Uber, Lyft e Vodafone
Essas organizações também contribuirão para o que é conhecido como a Reserva de Libra, o conjunto de ativos que garantirá que cada unidade de Libra seja apoiada por algo de valor intrínseco, e não pela simples escassez, como a Bitcoin é. A rede social garante que também possui um processo mais “verde” para conseguir novas moedas, sem a necessidade de enorme energia consumida para mineração atual. A expectativa é de que testes ocorram ainda este ano e o lançamento oficial aconteça no próximo ano.