O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste sábado (22), que "há pedidos" de políticos pela indicação de ministros.
"Não pretendo mudar ministros, você sabe que há pedidos, é natural. O ministério que mais pedem é o da Minas e Energia, não sei por quê. Ninguém pede o da Damares [Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos]. É natural acontecer isso aí, a gente conversa, se expõe e se explica e grande parte deles [líderes políticos] entende a situação que nos encontramos", disse Bolsonaro, pouco depois de deixar o departamento médico do Palácio do Planalto, onde fez exames de rotina.
Bolsonaro alegou que o Brasil não pode voltar a ter "ministros de partido."
"Vamos supor que eu dê o ministério X para tal partido. Daí o PV me pede o Meio Ambiente e bota o Zequinha [o ex-ministro Sarney Filho] lá. Como fica o agronegócio? Todos pedem com essa política de querer botar o meu homem ou mulher nesse ministério. Todos pedem, sem exceção", declarou.
O mandatário argumentou ainda que "pela primeira vez" há no país um presidente "horando o que prometeu na campanha". "O que eu mais ouço falar, o pessoal mais tranquilo, parlamentar antigo, é que hoje ele tem acesso a todos os ministérios", disse Bolsonaro. "Antigamente ele tinha acesso ao ministério do partido dele. Isso que mudou", acrescentou.
Bolsonaro voltou a falar sobre a articulação política do seu governo. Por meio de medida provisória publicada na quarta-feira (19), o presidente transferiu a articulação política de Onyx Lorenzoni (ministro da Casa Civil) para o general Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).