A Unicamp cancelou as matrículas de nove estudantes após constatar que eles ingressaram na Universidade o sem atender aos critérios do sistema de cotas étnico-raciais. As apurações começaram em junho, após a universidade estadual receber 141 denúncias, e o resultado foi confirmado ao portal G1 pelo reitor, Marcelo Knobel.
“Foi considerado pela comissão que eles não atendiam às características fenotípicas. Eles foram comunicados e tiveram dez dias úteis para recurso interno. Alguns foram reconsiderados, outros não […] Foi um trabalho feito com muito cuidado e determinação.”
O resultado indicava, antes da apuração, 1.007 estudantes beneficiados pelo sistema, o equivalente a 29,4% dos novos alunos. Deste total, 711 ingressaram pelo vestibular tradicional e 296 por meio da seleção que tem como critério a nota obtida pelo candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), segundo os números da própria instituição.
“Foram seguidas normas e critérios estabelecidos em outras universidades que têm esse sistema há mais tempo. A comissão está de parabéns, foi um trabalho difícil, cada um foi entrevistado pessoalmente, um trabalho muito importante”, explica Knobel.
De acordo com o reitor, outras dez pessoas indicadas nas denúncias por fraude nas Cotas Raciais já tinham abandonado os cursos da Unicamp antes do resultado da comissão. “Já estavam inativas”, lembra o reitor.
Alunos com matrícula cancelada estavam nos cursos de Administração, Engenharia civil, Engenharia mecânica, Engenharia química, Estatística, Geografia, Licenciatura em química eLicenciatura em matemática