Vinícius voltou a pisar no gramado da Arena Fonte Nova na noite desta quarta-feira (27) desde que saiu do Bahia em dezembro do ano passado. Agora no Atlético-MG, ele viu a camisa e torcida tricolor no lado adversário trazendo boas e más lembranças à tona. O Galo visitou o Esquadrão de Aço e ficou no empate em 1 a 1, pela 35ª rodada do Brasileirão. Após o apito final, o jogador fez um desabafo ao falar da época em que deixou o clube por não ter o contrato renovado.
"Lá atrás, quando nem tinha Atlético-MG e outros times atrás, sempre deixei bem claro que eu queria ter ficado aqui. Todo mundo sabe que foi uma opção principalmente do treinador que estava aqui na época. Sempre deixei isso bem claro. Mas com a diretoria do Bahia, Bellintani (presidente), Diego Cerri (diretor de futebol), eu tenho uma amizade bacana, tem aquele respeito", disse na saída do campo.
Vinícius chegou ao Fazendão no meio de 2017 após passagem conturbada pelo Athletico-PR quando foi afastado do time e acionado o clube na Justiça. No início, ele teve dificuldades para se firmar no Bahia, mas se tornou um dos principais jogadores da equipe no início de 2018. No entanto, perdeu espaço com a chegada do técnico Enderson Moreira. No total, ele disputou 87 jogos e marcou 16 gols, sendo 13 no ano passado. A passagem pelo clube baiano, marcou o atleta que admitiu o desejo de retornar ao Esquadrão de Aço.
"Sempre que estive aqui no Bahia procurei ser profissional. A gente sabe o que representa essa torcida, principalmente aqui no Nordeste. Hoje estou defendendo as cores do Atlético-MG, um clube que também me acolheu muito bem. Claro que é muito especial poder voltar à Fonte Nova, poder jogar contra o Bahia, rever os torcedores. Meu carinho pelo Bahia sempre vai ser gigante. A gente sabe como é o futebol, penso sim lá na frente, não sei quando, se é breve ou um tempo a mais, mas meu desejo é voltar um dia aqui para o Bahia onde fui acolhido muito bem por todo mundo", continuou.
Vinícius ainda disse que o protesto vindo de parte da torcida tricolor, durante o jogo, ajudou o Galo a arrancar ponto em Salvador. "Eu estive aqui por um ano e meio e sei como é jogar aqui. No seu domínio, o Bahia é sempre muito forte. Eu comentei com diversos amigos meus aqui no Atlético que se a gente não jogasse, eles iriam pressionar a gente. Eu nunca tinha visto isso aqui, o torcedor e a torcida organizada protestando o jogo inteiro e isso foi bom para o Atlético. Porque eu sei que quando a torcida joga junto aqui é difícil", comentou.
O Atlético-MG é o 14º colocado com 42 pontos, seis a mais da zona de rebaixamento. Já o Bahia, é o 10º com 45, mas pode perder posições para o Vasco, com 44, e Fortaleza, com 43, que ainda jogam nesta rodada. O próximo desafio do Galo será contra o Corinthians no Independência, domingo (1º), às 18h, pela 36ª jornada. No mesmo dia e horário, o Bahia visita o CSA, no Rei Pelé.
